quarta-feira, 26 de março de 2014

Brevet 200k Clube Audax Bagé 2014 (Tiago Cavalgante Filho)

E ai pessoal meu amigos, companheiros de pedal, vencedores, desbravadores... ai vai meu relato do Audax-Bagé, meu começo foi bem assim ..o que dizer do Audax? A primeira palavra que vem em nossa mente ou de qualquer ciclista quanto vem o convite em participar é será que consigo, será que não vou desistir por qualquer motivo como: bicicleta estragada, pneu furado, limite físico, chuva, frio e outros tantos no começo foi o que pensei e se não conseguir como vai ser, vergonha, medo do que vão falar, tristeza pelas brincadeiras dos amigos, desmotivação, com certeza nada disso...tudo ao contrário.
Bom sempre tive vontade de participar de um super evento desses, mas sempre me vinha aquele pensamento será que consigo, mas só teria a resposta se topasse o desafio e foi no dia 23 de março que obtive o grande resultado de poder concluir uma super jornada de tempo total de 13horas e 30 minutos pedalando e superar aquilo que para mim parecia impossível completar a marca de 200 km em um dia só.
E outra pergunta? O que poderia me fazer acreditar que podia vencer este desafio? Sem duvidas poder pedalar rodeados de amigos, todos com um intuito vencer seu desafio, seus limites, independente do lugar que ia chegar, foi como me disse o amigo Acimar em uma conversa na chegada em Bagé “o valor de teu certificado de conclusão terá o mesmo valor da pessoa que chegou em primeiro lugar”, e isso sem dúvidas e uma das coisas que motivam nós a participar, tentar superar nossos limites...e todo ciclista sabe que quando a palavra ciclismo vem em nossa mente é motivo de superação, pessoas desbravadoras que estão sempre em busca de superar seus limites, pessoas que estão sempre preocupados em fazer uma amizade nova, ajudar e incentivar o amigo que está a seu lado e tentando concluir uma etapa como foi o Audax...e comigo não foi diferente, só em poder estar ao lado de meus amigos, meu pai já estava valendo o desafio, o Audax pra mim já tinha começado a algumas semanas, tive que fazer alguns treinos para poder ficar preparado para o desafio, os dias foram passando até chegar o dia 23 onde o começo foi bem complicado o frio pegou todos os ciclistas de surpresa, eram 5hs da manhã e o dia ainda nem tinha clareado e lá já estavam todos nós, diversas pessoas novas, diversos grupos...e nós aqui de Candiota Eu Tiago Cavalcante Britto, Waldemar Fagundes, Kiko, bolinha, Valdenir Britto meu pai que foi um guerreiro pois furou o pneu 3 vezes e estourou uma câmara mas não desistiu e completou o Audax, Serginho Cardoso – o cara que me emocionou pela superação que teve, o cara que resumo em uma palavra raça do começo ao fim..Vladimir Ibarra, Marco “tocha”, Andre, Patrique Gonçalves, Juan, Renato Ferraz... e aqueles tantas outras pessoas.
Os primeiros km’s até a Hulha Negra foram aquela tranqüilidade, todos conversando, contando suas histórias, reclamando do frio, mantendo cada um seu ritmo para não se desgastar e deixar faltar energia para o final...mas com certeza aquele sol que nascia nos dava mais energia para pedalar...na Hulha Negra passaporte carimbado e feliz da vida por completar e o 1°- PC...no caminho a Candiota já começa o frio desaparecer e dar lugar a um clima favorável a nós ciclista. Na entrada de Candiota pra mim que sou daqui o pior desafio, superar a horrível Miguel Arlindo Câmara que qualquer ciclista sabe, sem acostamento, motoristas que não respeitam, buracos, subidas que enganam, mas faz parte pelo menos sabia que um respeitoso café colonial nos esperava na praça de Dario Lassance, bom 2° - PC concluído, mas antes vou contar um segredo passar em casa para pegar a velha amiga esponja para colocar no banco da bicicleta e ajudar com aquela velha intimidade do ciclista com seu banco da bicicleta...rsrsrsrs....
Bom depois de um super café colonial já se passava as 10:15 quando parti em direção a cidade de Pinheiro Machado com 84km completados, com meta de chegar lá as 12:30, e no meio do caminho achei um companheiro da cidade da Hulha Negra Nilson, onde tive o prazer de acompanhar ele até Pinheiro Machado, conversamos bastante, contamos histórias de nossa vida, de ciclismo, trabalho e muito mais, mas no meio do caminho aquilo que para muito era a maior dificuldade enfrentar a Serra do Veleda, sem fazer muito esforço para guardar energia para o retorno até Bagé...a Serra com 5km de distância assusta a média do ciclista cai para o 10km/h na subida e suas pernas esquentam, em sua mente vem aquela pergunta será que consigo, não quero mais seguir, vou desistir...mas ai você vê que tem pessoas passando as mesmas dificuldades suas e não desistem e vem aquela superação e quando percebemos já estamos na entrada de Pinheiro Machado. Bom a chegada em Pinheiro Machado e a imensa satisfação de poder chegar ao 3° - PC as 12:45 horas que pra mim era o mais difícil só de saber que teria a serra do Veleda para pedalar era difícil, depois de carimbar o passaporte e bater um papo com os amigos, parti para o almoço...o almoço não podia ser melhor Buffet de massas e saladas, nada melhor que isso para recuperar as energias...depois de um descanso mais que merecido para as pernas parti para Bagé..e foi com 134km que parti as 13:15 da tarde com meta de chegar lá até as 18 horas, pois as pernas já diminuíam o ritmo que mantinha no começo...Bom depois da energia recuperada me desloquei até Bagé com meta de parar no ponto de hidratação na Hulha Negra, o tempo passava os km aumentavam e a sensação de que iria completar aumentava, pois sabia que as maiores dificuldades já tinha enfrentado...no caminho uma velha companheira barrinha de cereal, um BBCA, um TNT, um golinho de Malto e uma banana, ajudavam a recuperar as energias e me acompanhavam nos km’s restantes...eram 15:20 quando pode chegar ao ultimo ponto de hidratação na Hulha Negra, agora era só repor a água que já tinha ido e alegria total em fazer os últimos km’s, quando cheguei ao trevo de Bagé até em direção a Santa Tecla, venho aquele alivio, a sensação de dever comprido, de vencer meu desafio pessoal, aquele medo que tinha se transformou em energia total que até aumentou a média...vai dizer qual ciclista que quando chega aos km’s finais ainda tira uma casquinha e da um pau na bicicleta como diz meu amigo Waldemar Fagundes, pois a alegria se transforma em energia extra....bom a chegada não poderia ser melhor eram quase 17hs quando cheguei ao posto do jardim do Castelo em Bagé, valeu a todos os meus amigos que completaram o Audax, independente de ser no tempo, pois a maior vitória e vencer os desafios pessoais...Valeu Heron Regert e todos os organizadores pelo belo eventos em especial ao seu Pedro Regert que ajudou meu pai na hora que ele mais precisou conseguindo uma câmara para ele completar o trajeto depois de 3 pneus furados...E como me relatou o amigo Acimar quando eu pensava que nunca mais voltaria a participar pela dificuldade, o Audax é viciante hoje olhando o relato dos participantes como é legal poder ter feito parte deste evento e sem dúvidas e minha opinião mudou completamente e hoje digo que esse foi o primeiro de muito que viram valeu pessoal....

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